terça-feira, 12 de novembro de 2013

Esquece, aquece.



Num silêncio que ecoa. A única luz que há entre nós são os raios que caem impacientes lá fora. Os trovões berram, enfurecidos, clamando por uma reação e aqui dentro nada é correspondente. Escoa melancolia, paralisação responsável por nos fazer indivíduos intocáveis, distantes, desintegrados. Somos um em nossa individualidade. Coletivamente, somos nada. A percepção está indolente, doente com uma ignorante inflamação inorgânica que nos afasta. 

Mil possibilidades há para se justificar; eu ainda citaria três mil, mas tudo isso é só esfriamento de coração. O único a ser tratado aqui, é ele: o frio, distante, inquebrantável, duro coração. Como chegamos a este ponto? Quando passa uma ventania, não o resguarda porque o danado é forte e aguenta. Mas de tanto vento, sol, areia e chuva, o danado é tão forte que não se da a chance de amolecer nem um segundo se quer. Mais cabanas, cobertores, chocolate quente e o primordial: AMOR nesses corações, antes que virem ''os danados fortes''!