Tenho tantas perguntas a lhe fazer. Se eu te disser que não quero resposta, não acredite em mim; é que eu minto. Minto pra mim, pra você, pra mim, pra todo mundo e pra mim também. Resposta tem gosto de sorriso. Enquanto silencia, me propõe elucubração a ponto de produzir teses, sínteses de vida, todas mentirosas. Nem uma dá certo, nenhuma é efetiva.
Se eu vejo um ninho de passarinho nos teus olhos, vou soprar pra desfazê-lo em arco-íris; como soprarei meus próprios olhos? O espelho me reflete, mas não sou eu. Eu sou eu olhando daqui pra lá. O espelho é mentira também. Tudo sempre será a mesma coisa até que eu decida que não seja mais. A palavra "sempre" me soa perigosa. Coisas determinantes me assustam, exceto a morte. A morte é um passeio e quem é que não gosta de passear? Você faz o seu passeio e eu faço o meu, mas existe a opção de fazermos nosso passeio. O caminho do passeio é feito aqui porque a vida é a morte; a vida justifica a morte. Morremos todos os dias um pouco. Quero morrer bem, quero escolher minhas mortes; quero morrer pelo o que morro. Falar de morte não me assusta e nem me soa perigoso. A morte é um passeio.
Estou pulando de parágrafo e de assunto. Eles se disparam com tanta velocidade que não consigo organizá-los. Calma. Não se julga. Calma. Uso muitos pontos. Calma. Escrevo cinco palavra e lá vem mais um. Não se julgue. Esse assunto é só um subtexto. Mais um ponto. Outro parágrafo.
Você pode me responder? Reagir? Te jogo a bola e to correndo pra lá e pra cá pra mantê-la em movimento, no ar. Sabe que eu preciso mesmo é de dinâmica? Se eu te jogo a bola e toda vez você me rebate... chato. Sabe que não tô reclamando, é a minha escolha. Sabe que eu tô bem gostando disso? E não adianta eu querer fazer com que me entendam, eu tô só amando tudo. Não quero dar nomes porque não sei fazê-lo. Mas sabe que seu nome foi substituído por "meu namorado"? Não, né? Nem vai saber, sabe... Sabe que adoro morar em você? Sabe que ando descobrindo meu ego e aprendendo que eu talvez possa sim ter um, sem necessariamente ferir-me aos outros. Ah... você.... sabe? Você... Quero que fique. Nunca fui tão ousadamente sincera com o meu amor e tô aqui jogando pro mundo.
Quando eu puder voar, é praí que eu vou. Aí mesmo, onde você que tá lendo está. Não sei onde é mas isso me fascina. Fascinante. Ta aí uma palavra que eu bem gosto. Fascínio. Ela escorrega. Fala aí também pra sentir: FASCÍNIO. Hum... Tem gosto de...
No meu espelho eu te vejo dentro dos meus olhos que não são eu. Quando me olho profundamente, choro; toda vez eu choro. Me emociono comigo porque consigo olhar-me profundamente por fora, sem ser eu, aí me vejo.
Gosto de criar algumas regras, principalmente a regra de não ter regra. Por exemplo, o português brasileiro é bem chatão e aí, temos que escrever como quem quer impressionar alguém que nem sei quem é. {Aí eu escrevo e pontuo do jeito que eu quiser]. essa história de letra maiúscula depois do ponto também às vezes me enche o saco então nem vírgula aqui vou colocar p o r q u e é a minha escrita e minha regra de não ter regra ^ inclusive o p o r q u e espaçado.... aí você decide como quer classificá-lo como %por que* ou -porque< ou !por quê". escolhas
Me diz um "oi" que eu te dou a minha vida bem facinho. Te dou a minha vida com gargalhadas de chocolate grudado no dente da frente, com gula de tolices. Passeia em mim e fique por aqui. Se não desejasse a permanência, certamente nem te convidaria.
Eu minto. Mas dessa vez acho que é verdade. Eu te amo. Ponto.