sábado, 25 de janeiro de 2014

Furacão

Minha extrema inconstância faz de mim, eu. Picos que alcançam as constelações mais amontoadas e desordenadas; buracos arrastando ao calor do centro da Terra. Mas sabe, dizem que lá é calor...nunca senti essa quentura toda. O ardor que eu sinto é muito maior aqui do que lá. Aqui vibra, estremece, anoitece. Explosão intergalática! O alto e o baixo se confundem, tornam-se tomada, homogêneos, intrusos. Não me meto neles; eles se metem em mim. 
Não gosto de definir, mas é o que eu mais faço na minha vida. Hoje eu te odeio, amanhã e depois, ainda te odeio. Daqui 10 anos, te odeio mais ainda. Daqui até a eternidade eu te amo tanto que te odeio. Pronto, defini mesmo odiando-te.
O branco sobressalta até mesmo o vermelho, mas eu não quero ser protagonista. Desejo mesmo o calor do vermelho, mesmo não sendo o destaque, mas é nele que há o fervor, o amor, o ódio, o fogo, a água, o sangue, a dor, a flor, a cor, a extremidade, o exagero, o furor. Furacão: eternamente avassalador.