domingo, 14 de setembro de 2014

Se quiser, pode demorar. Pode derramar. . .


Cruzar as Asas de Brasília já é tão pouco pra mim, mesmo se formos de 16 à 16. Se fosse possível, seríamos vizinhos na Austrália e trabalharíamos no Brasil só pelo gosto da viagem. Prolongar quanto mais o trajeto só pelo prazer de desfrutar do calor de estar sentada ao seu lado, transpirando paixão, fazendo caras e bocas a fim de te impressionar, porque os apaixonados agem assim: querem impressionar fazendo tipinho, esse é o lado mais ator que exercemos. Andar de ônibus, metrô, avião, carroça, cavalo ou qualquer outro meio de transporte que demore sempre foi um eterno saco, mas agora é tão poético. Com você é melhor; quando não está eu te trago em canções, olho pra tudo que está lá fora e passa, passa, passa, passa.... não sei o que passou. Tô aqui, aqui, aqui... Você também. A fila pode até ser enorme que eu não vou me importar, eu juro! Aí, eu pinto as unhas das minhas cores prediletas, mas elas não são só as minhas, são as cores das suas camisas preferidas, da sua mochila, da capa do seu celular; então eu as pouso sobre o colo e eu sei que vai notar porque eu as pintei pra você! E quando o vento bate forte da janela aberta do vizinho? Isso sempre me deu raiva! Só que agora vem o seu perfume e o meu cabelo voa, é a minha chance de me sentir num filme de romance de verdade. Eu juro, sou tão discreta. Mas quando eu vou checar meu celular, vejo no reflexo a constelação agitada habitante dos meus olhos. Na minha face há um céu! Não porquê sou maravilhosa, mas me torno céu quando estou envolvida por sua atmosfera. Vou ao lugar que mais admiro no mundo e me torno ele. Esse mérito não é meu; é seu! Você causa o melhor de mim em nós.