quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O

Sou uma repetição sem fim, um círculo que gira e gira e gira, sempre encontrando arestas soltas que me propiciam novos andares. Você faz parte de uma das arestas que tive a desatenção de tomar. 

Tão despretensiosa como nunca. "Nunca" é bastante absolutista, coisa que eu nego; agora, cabe. Vem um todo novo, uma "eu" inusitada, autêntica. Porque eu me jurei pra mim que a pessoa a qual eu abriria esse meu tão bem guardado coração e todas suas atribuições, seria alguém que entende o que é "chá de habú", alguém que eu não precise fingir, que eu possa até fazer cena, sobretudo que eu possa ser. Em dois mil e dezesseis; em dois mil e dezessete; em fevereiro.
Eu não preciso de me fazer "não eu" pra me sentir bem.
E sinceramente, é só por isso que dançamos
Eu bem gosto de quem sou e amo me desbravar
Falo tanto de mim agora, só pelo fato de me saber quem sou
Talvez por isso, sinta prazer em descobrir a ti
Descobrir-te
Descobrir-me
Desnudados
Tato
Toque
Pele
Meu Sol que tomei como particular
Que é tão grandesco 

Que é meu pra mim
Mas seu e do mundo inteiro
E abarca

E abraça
E sente
E quente
Acalanta

Eu, auto-intitulada "minhas regras"
Faço assim igual
Saio da vala
E entramos na nossa
Particular também
Do nosso [...],
A gente é quem sabe
Pequeno
Licença,
Poética

Terminei de falar
Com as minhas letras digitais

Ainda minhas